clube   |   doar   |   idiomas
Injustiças e penitência social
A Previdência confisca dos pobres e repassa aos ricos

Nota do editor: o artigo abaixo foi publicado no jornal Folha de S. Paulo

 

Se você ainda duvida da insaciabilidade do parasitismo estatal, avalie a proposta da reforma da previdência em tramitação e pense novamente.

Em um contexto de continuada irresponsabilidade fiscal, corrupção sistêmica e privilégios injustificáveis, o bom senso exigiria que o governo iniciasse a reforma por cortes na própria gordura, que por sinal não é pouca. O que se nota, no entanto, é que mais uma vez tenta-se impor o ônus da reforma ao pequeno: o cidadão comum que trabalha no setor privado.

Que a reforma é necessária, não há que se debater; com um déficit previdenciário total de cerca de R$ 315 bilhões em 2016 — incluindo governo federal e estados —, a urgência é justificada. Isso não significa, no entanto, que se deva aceitar qualquer reforma. Deve-se levar em conta, como ponto de partida, as distorções do atual regime previdenciário.

No Brasil há dois regimes de previdência: o "Regime Geral", válido para os trabalhadores do setor privado e gerido pelo INSS, e o "Regime Próprio", gerido pelo Ministério da Fazenda, para os funcionários públicos.

O "Geral", que abrange mais de 29 milhões de aposentados e pensionistas — os quais recebem uma aposentadoria média mensal de R$ 1.200 —, acumulou déficit de R$ 150 bilhões no ano passado.

Já o "Próprio", feito para apenas 3 milhões de funcionários públicos civis e militares, somou um déficit maior, de R$ 164 bilhões. Nesta classe estão os cidadãos com maior aposentadoria mensal média: R$ 7.500 para o funcionário público civil, R$ 9.500 para o militar, R$ 18.000 para servidores do Ministério Público Federal, R$ 25.700 para o Judiciário e R$ 28.500 para o Legislativo (confira todos os escandalosos valores aqui).

A existência de dois regimes revela uma realidade execrável: a existência de duas classes de brasileiros, com direitos diferentes. O cidadão ligado ao setor privado é tratado como um cidadão de segunda classe. Ele tem o 'direito' de ser demitido caso não seja competente, e o dever de dar parte do seu salário para sustentar a aposentadoria do cidadão ligado ao setor público. Este, por sua vez, tem o 'direito' a usufruir da renda do trabalho do cidadão de segunda classe, na forma de uma aposentadoria em média quatro vezes maior, e outros privilégios como aposentadoria com salário integral.

De um lado, há os que choram; de outro, os que riem.

Como se vê, a previdência é um grande programa de distribuição de renda às avessas, do pobre para o rico, e seu problema fundamental está no setor público — cuja reforma proposta é extremamente branda.

Isso é justo?

Ainda é tempo de fazer a coisa certa. A reforma deveria estabelecer, além de cortes nos privilégios daqueles ligados ao estado, a unificação dos regimes dos setores privado e público com o estabelecimento de um teto único. Deveria buscar, ainda, proteger a renda do trabalhador, impedindo que recursos seus — como os do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), por exemplo — sejam direcionados aos grandes empresários via BNDES.

A mudança é urgente. Não seremos uma nação desenvolvida a menos que enderecemos desde já as causas fundamentais de nossos problemas sociais e econômicos, que estão no setor público. O governo é o principal concentrador de renda do país.

Um país que decreta classes diferentes de cidadãos fere a moral, e herda consequências fiscais insustentáveis, como o sistema de previdência demonstra. A reforma como está não é nada além de uma gambiarra oportunista para manter a penitência social.

__________________________________________________

Leia também:

Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência

A Previdência Social foi uma criação genial - para os políticos

A Previdência Social brasileira - um esquema fraudulento de pirâmide



autor

Helio Beltrão
é o presidente do Instituto Mises Brasil.

  • West Berlin  08/08/2017 14:11
    Em um artigo curto conseguiu explanar de maneira clara, precisa e irrefutável o tamanho do descalabro e do caráter sanguessuga desse estado. Parabéns. Quer dizer que o déficit do setor público é mais de mil vezes o déficit o setor privado? Deu vontade de chorar.
    Abraços
  • Atuário  08/08/2017 14:19
    Calma. É "apenas" 11 vezes maior.

    O déficit do INSS é de R$ 150 bilhões e paga 30 milhões de indivíduos. Isso dá R$ 5.000 por pessoa.

    Já o déficit da previdência do setor público é de R$ 164 bilhões e cobre 3 milhões de indivíduos. Isso dá R$ 54.666 por pessoa.

    Ou seja, o déficit da previdência do setor público é quase 11 vezes maior que o do INSS.
  • West Berlin  08/08/2017 18:15
    Opa, deu um tilt mental e li 150 bi como se fosse 150 milhões, hehe
    Obrigado e um abraço.
  • Joao  08/08/2017 14:20
    O texto ataca uma injustiça evidente, que deve ser combatida.

    Porém, o sistema é inviável mesmo que esta injustiça seja corrigida.

    Se a contribuição previdenciária é de 11%, isso significa que para cada aposentado, precisamos de pouco mais de 9 pessoas contribuindo. Menos que isso, o sistema teria deficit e precisaria ser coberto com tributos/contribuições, como atualmente já acontece.

    Mesmo que a vida profissional de todos os brasileiros começasse aos 10 anos, o sistema apresentaria deficit caso a idade mínima para a aposentadoria fosse de 70 anos e a expectativa de vida pós emprego fosse de 80 anos. Nesse caso teríamos uma proporção de 6 trabalhadores para cobrir 1 aposentado.

    Combater privilégios é muito importante, mas o sistema continua destinado ao fracasso.
  • Assalariado  10/08/2017 18:23
    A contribuição é de uns 20%, 11% é apenas o que o assalariado paga, o restante é pago pelo empregador.
  • Joao  12/08/2017 11:40
    É exatamente o que eu disse: sem que existam 9 trabalhadores para 1 aposentado, o deficit é coberto com impostos e contribuições.
    11% é apenas a parte formalmente designada como contribuição previdenciária. O que a sociedade paga de verdade, é muito mais do que isso.
  • cmr  08/08/2017 14:22
    Na Índia há oficialmente um sistema de castas na sociedade, aqui esse sistema é não oficial, mas existe...
  • Capitalista Keynes  08/08/2017 14:25
    E para piorar eu vejo notícias como esta :

    "Para não mexer na meta, equipe econômica estuda alíquota maior do IR

    Parte dos técnicos defende cobrança de até 35% sobre pessoa física em 2018

    O GLOBO (RJ) | ECONOMIA | 08/08/2017 às 05:24 "

    35%.... Imposto de Suécia com serviço público da Somália.
  • +55  13/01/2018 06:47
    A esquerda moderna e mais séria já percebeu que o socialismo "pleno" não funciona, mas não tira da cabeça que o Estado é um ente fundamental no desenvolvimento de uma nação e no progresso da humanidade.
    Como consequência acha que se um país de terceiro mundo ter a mesma carga tributária que um país de primeiro mundo, estamos indo em direção na direção certa. São pessoas que não conseguem definir a causa e a consequência das coisas.

    Não sei se é possível um país virar de primeiro mundo com um Estado grande (nunca aconteceu no passado), mas sem um mercado livre é impossível. Dois desafios para os social-democratas defensores do intervencionismo estatal e de um estado grande
  • Captain Obvious  08/08/2017 14:27
    Estamos perdidos, pois mexer nisso é antipopular, não preciso falar mais nada.

    Será um bandaid por governo e a aposentadoria das próximas gerações não vai pagar nem o remédio pra pressão.
  • Andre  08/08/2017 14:50
    Bem pior, nem remédio para pressão haverá, vide Venezuela.
  • Leigo  08/08/2017 14:36
    Podemos chorar? Podemos compartilhar? Podemos imprimir e distribuir?
  • Diego  08/08/2017 14:41
    Simples e direto, excelente artigo.

    "O "Geral", que abrange mais de 29 milhões de aposentados e pensionistas — quais recebem uma aposentadoria média mensal de R$ 1.200 — acumulou déficit de R$ 150 bilhões no ano passado.

    Já o "Próprio", feito para apenas 3 milhões de funcionários públicos civis e militares somou um déficit maior, de R$ 164 bilhões. Nesta classe estão os cidadãos com maior aposentadoria mensal média: R$ 7.500 para o funcionário público civil, R$ 9.500 para o militar, R$ 18.000 para servidores do Ministério Público Federal, R$ 25.700 para o Judiciário e R$ 28.500 para o Legislativo (confira todos os escandalosos valores aqui)."

    Estou abismado aqui, as pessoas ainda tem a cara de pau de dizer que os empresários é que concentram a renda.
  • Alexandre Fetter  08/08/2017 14:47
    O Mises, como sempre, nos brinda com um ótimo texto: lúcido e esclarecedor.
  • Estudante da Escola Monetista  08/08/2017 14:51
    Mas porque o governo simplesmente não imprime esse dinheiro todo? Não resolveria a dívida inteira de uma vez? Daria até para manter os privilégios do setor público assim.
  • Edson  08/08/2017 21:33
    O pior é que do jeito que o cenário está se armando, não vejo outro tipo de calote possível (já nem discuto se isso pode realmente ser pago). Seria o cano mais suave, mais fino, sem sangrias, sem tantos processos judiciais e com menos gente se jogando pela janela.

    Fuga para as criptos.
  • Marcos Rocha  08/08/2017 15:22
    Para piorar, vale ressaltar que funcionário público não paga imposto. E isso é fácil de comprovar.

    Se um funcionário público recebe $ 10.000 oriundos de impostos pagos compulsoriamente pelo setor privado, e, se destes $ 10.000, $ 2.500 são retidos na fonte pelo próprio governo, é incorreto dizer que o funcionário público pagou $2.500 de impostos.

    A analogia é a de uma quadrilha que repassa para seus integrantes o dinheiro que extorquiu dos comerciantes do bairro. Se a quadrilha extorque $ 10.000, retém $ 2.500 e repassa os $7.500 restantes para seus membros, não é correto dizer que seus membros pagaram $2.500 de impostos. Afinal, eles não geraram esses $ 2.500 vendendo serviços consumidos voluntariamente no mercado. Os $ 2.500 são apenas uma fatia da espoliação, a qual o agente espoliador achou por bem reter para si próprio.
  • Alexandre Fetter  08/08/2017 18:32
    Marcos, colocar todo o tipo de servidor público no mesmo saco e fazer analogia com uma quadrilha é injusto. Claro que existe muito funcionário público ladrão, mas há também os dignos de respeito, tais como: policiais, militares, médicos, juízes, enfermeiros... e até alguns pouquíssimos políticos.
  • Cearense  08/08/2017 19:12
    Vou tentar desenhar: 100% dos funcionários públicos são parasitas, e não importa o quão "duro" eles trabalham ou quão honestos sejam. Sabe por que são parasitas? Porque vivem do dinheiro de impostos esbulhados da população (majoritariamente pobre).

    Quem vive do dinheiro esbulhado dos pobres é parasita. Essa é a definição precípua de parasita. Parasita não é aquele que "trabalha pouco". Esse é o menor dos problemas, e nem sequer está em discussão. Parasita é quem se sustenta por meio do dinheiro roubado de terceiros.

    Entendeu agora?

    Você diz que há parasitas que "merecem" o salário e os privilégios que ganham. Ora, mas quem estipulou isso? Qual foi o "público consumidor" que voluntariamente determinou que tais pessoas merecem ganhar seus atuais valores salariais?

    Apenas no mercado, em que os serviços são voluntariamente adquiridos pelo consumidor, pode-se estipular que um determinado valor salarial é "justo" ou "merecido". Apenas aquele que tem seus serviços voluntariamente adquiridos pelo consumidor tem um valor salarial "justo e merecido".

    Já quem se sustenta via confisco coercitivo (pleonasmo intencional) da riqueza alheia não pode dizer que seu ganho é "justo e merecido". É o equivalente a um mafioso que extorque comerciantes dizer que o valor que ele ganha é "justo e merecido".

    Dado que o setor público se mantém via confisco da riqueza alheia, simplesmente é impossível estipular que o valor salarial de um funça -- qualquer funça -- é o "valor merecido". Só ganha um valor "justo e merecido" aquele que tem seus serviços voluntariamente adquiridos pelos consumidores no mercado. Apenas aqueles que conseguem fazer com que os consumidores voluntariamente abram mão de seu dinheiro em troca da aquisição de serviços pode dizer que ganha um salário "justo e merecido".

    Começou a entender ao menos o básico agora?
  • Alexandre Fetter  09/08/2017 14:01
    Ok. Entendi. Para você a justiça deve ser privatizada, caso contrário todos os seus servidores serão parasitas. A polícia deve ser privatizada também, ou todos os policiais serão parasitas. As forças armadas e seu "bando de militares parasitas" também precisa ser privatizada. Se você sofrer um acidente de moto, não vai querer um parasita que estudou medicina para colocar a sua perna no lugar... vai querer pagar um médico para isso, certo?

    Conclusão: só devemos chamá-los quando "precisarmos voluntariamente dos serviços deles".

    Isso é tão utópico quanto o comunismo...
  • Cearense  09/08/2017 15:43
    "Para você a justiça deve ser privatizada, caso contrário todos os seus servidores serão parasitas."

    Correto.

    "A polícia deve ser privatizada também, ou todos os policiais serão parasitas."

    Correto.

    "As forças armadas e seu "bando de militares parasitas" também precisa ser privatizada."

    Totalmente. Aliás, militar de alta patente consegue ser mais parasito que desembargador. Impressionante a façanha.

    "Se você sofrer um acidente de moto, não vai querer um parasita que estudou medicina para colocar a sua perna no lugar... vai querer pagar um médico para isso, certo? Conclusão: só devemos chamá-los quando "precisarmos voluntariamente dos serviços deles"."

    Errado. Você até estava até indo bem, mas agora desandou.

    Vou tentar desenhar: dado que eu sou obrigado a pagar impostos para sustentar parasitas, então não há absolutamente nada de errado em eu requerer os serviços destes mesmos parasitas que eu sou obrigado a sustentar.

    É claro que eu sempre vou preferir um médico particular e de grande competência a um residente do SUS. No entanto, se este residente do SUS for a única opção disponível, então não há nada de errado em eu usá-lo (correndo grande risco de morte, é claro). Dado que eu compulsoriamente pago o salário dele, então ele tem sim o dever de me socorrer. E socorrer bem.

    (Aliás, olhando a alta taxa de mortalidade do SUS, acho que esse pessoal está é muito bem pago. Nenhum serviço privado sobreviveria no mercado com tamanha incompetência.)

    "Isso é tão utópico quanto o comunismo..."

    Concordo. Acreditar que serviços estatais fornecidos monopolisticamente podem funcionar -- pior ainda: acreditar que tal arranjo é o melhor que existe -- é tão utópico quanto o comunismo.

    Aliás, serviços estatais monopolistas são a exata definição do comunismo. Você defende isso?
  • Alexandre Fetter  09/08/2017 18:30
    Quero dizer que "Estado Zero" é tão utópico quanto "Estado Total".
    Sou a favor do "Estado Mínimo."
    Educação básica, saúde básica, segurança, justiça e só.
  • André Rodrigo  07/12/2018 10:33
    Já que todo mundo é parasita, então o único profissional digno é quem colhe o fruto da terra, o agricultor, o criador de gado etc. Enfim, a comunidade do Paleolítico era assim, uma cultura material apenas. Só depois surgiram os governos. O dono da transportadora, o comerciante, e todos que interferem no preço final do produto que chega ao consumidor são parasitas. É uma sociedade de parasitas. Privatiza a Justiça e coloca você como juiz. Você deve ser uma assumidas, poderia ser médico, juiz, advogado, engenheiro, professor. Deve ser um cara polivalente mesmo, sabe tudo. O que nós precisamos é de um cérebro de ameba como você para administrar o país.
  • Cearense  07/12/2018 12:36
    Parasita é quem vive do dinheiro extraído coercivamente de terceiros sem ter de prestar qualquer serviço em troca. E gente que ganha dinheiro do povo ao mesmo tempo em que presta um serviço que não foi demandado por ninguém.

    Por outro lado, todas essas profissões que você citou obtêm sua renda por meio de pessoas que voluntariamente abrem mão de seu dinheiro em troca dos serviços que essas profissões prestam.

    Sua ironia foi tão descolada da realidade, que sua inteligência ficou a descoberto.
  • Andre  09/08/2017 16:00
    Alexandre você é funcionário público?
  • Alexandre Fetter  09/08/2017 18:36
    Sim.
    Sou um "parasita insignificante"!
    Mas por que a curiosidade? Estamos aqui discutindo ideias, não dados pessoais...
  • Andre  10/08/2017 16:12
    Suas motivações pessoais estão atrapalhando o raciocínio, você é o senhor de engenho reagindo à indignação dos escravos.
  • Fernando  08/08/2017 16:35
    Tudo desnecessário. Previdência a pessoa constrói ao longo da vida produtiva, poupando e investindo. É o que eu faço desde os 23 anos.
  • Marcus Aurélio   08/08/2017 17:20
    Concordo plenamente. Por isso, vou repetir o que já comentei em outro artigo:

    Sobre a Previdência, nenhuma reforma, de qualquer tipo que seja, e por mais bem pensada que seja, irá funcionar a contento.

    Sabem por quê?

    Porque não existem soluções coletivas. Há apenas soluções individuais.

    Eu, por exemplo, tenho a solução para a minha previdência. Sou autônomo, muito competente em minha aérea (o que sempre me garantiu bons proventos), nunca trabalhei por CLT (o que me permitia reter 100% dos meus ganhos), sempre fui muito poupador e sempre fui estudioso de investimentos.

    Faço apenas aplicações conservadoras. Aplico em Tesouro Direto, CDBs, LCIs e LCAs de bancos pequenos (que têm ótimas rentabilidades garantidas pelo FGC), Debêntures e Letras de Câmbio. Ou seja, só renda fixa. (Investimentos esses gratuitos e acessíveis a qualquer pessoa com internet).

    Exceto contas, pago tudo no cartão de crédito (o que faz com que eu tenha de dar baixa em meus investimentos apenas uma vez por mês).

    Faço isso desde 2005. O que já tenho acumulado me permite parar de trabalhar completamente hoje, viver sossegadamente de renda, e ainda garantir uma boa vida para meus dois filhos (5 e 8 anos de idade) por um bom período de tempo.

    O Brasil tem os juros reais mais altos do mundo, e beira o inacreditável o quão pouco as pessoas se aproveitam disso. Aqui, se o cara for poupador e bom investidor -- além de competente naquilo que faz (o que lhe garantirá bons salários) -- já dá pra ele se aposentar bem após 15 anos de trabalho. Se tanto.

    Desconheço outro país no mundo em que recompense tanto ser poupador quanto o Brasil. E, incrivelmente, pouquíssimos se aproveitam disso.

    Ou seja, o meu problema previdenciário já está todo resolvido.

    Mas eu não tenho a solução para a Previdência de todos. Por mais que eu queira genuinamente ajudar, sei que tem gente que não quer.

    E o pior problema é que a esmagadora maioria dos brasileiros desconhece até mesmo coisas básicas, como juros compostos (ensinado no primeiro grau da escola). Eles perdem a oportunidade de se aposentar cedo tirando proveito dos maiores juros reais do mundo, e ainda imploram para políticos cuidarem deles.

    Não serei eu quem irá esquentar cabeça para ajudar essa gente.

    O que é meu tá resolvido. Tenho a solução para mim e para meus filhos. (E talvez netos). Mas não tenho a solução para meus vizinhos e nem para meus parentes. Nada posso fazer por eles.
  • Cicero Filipe  20/09/2018 03:41
    Marcus Aurélio, tu parece ter um bom entendimento sobre tesouro direto, poderia me dicas de estudos (vídeos, livros, artigos, blog), indicar coisas ? Desde de já agradeço!
  • Luiz Moran  08/08/2017 17:09
    Não há esperança num país onde exista:
    - CLT
    - Ministério do trabalho
    - Justiça do trabalho
    - 15.300 sindicatos
    - MST
    - MTST
    - PMDB, PSDB, PT e seus penduricalhos
    - Professores marxistas
    - Construtivismo de Paulo Freire
    - Mídia latrina e seus jornalistas fecais
    - artistas "rouanet"
    - BNDES
  • Burocrata  08/08/2017 17:16
    Sem querer defender os parasitas, mas esse artigo está desatualizado....
    Desde 2013, novos ingressantes no parasitismo federal já não entram mais no regime próprio e estão no mesmo regime que os da iniciativa privada.....
    Tem um estoque que aos poucos vai morrer, mas a regra para os novos já é outra (até mais restritiva que para o setor privado)
  • Trabalhador do setor privado  08/08/2017 17:35
    Cidadão, este nem sequer é o debate. E o artigo nem sequer entrou neste mérito em momento nenhum, o que torna a sua acusação descabida.

    O que está em debate no artigo é a atual proposta de reforma da previdência, que ataca pesadamente os trabalhadores do setor privado ao mesmo tempo em que garante os luxos dos finças já aposentados, que vivem nababescamente à custa da população e que causam um déficit per capita muito pior.

    As faraônicas aposentadorias integrais (de quem se aposentou antes de 2003) e as nababescas aposentadorias acima do teto do INSS (até 2013) são exatamente as que mais sangram todo o sistema previdenciário e todo o orçamento do governo.

    E o que está sendo feito para reverter isso? Absolutamente nada. Aliás, minto: estão fazendo sim. Estão atacando (ainda mais) os trabalhadores do setor privado (INSS), obrigando-as a trabalhar por 49 anos para poderem se aposentar com ... R$ 1.200.

    E tudo isso para poder manter inalterados os privilégios dos nababos do setor público já aposentados.

    Um escárnio completo.

    Ah, e desminta os números.
  • Marcelo  08/08/2017 18:56
    Concordo e acrescento.
    Os direitos adquiridos dos funcionários públicos não pode ser as custas da escravidão de quem gera riqueza.
    A escravidão já foi abolida.
  • Advogado de Funça  09/08/2017 00:08
    Mas o cara paga 11% sobre o salario todo, sem teto.... nada mais justo se aposentar pela media do salario....
    Um pobre burocrata de baixo escalão do Banco Central que ganha R$ 25.000, por exemplo, paga R$ 2.750 de previdencia todo mês.... por 35 anos! Quer que o coitado se aposente com R$ 1.000??? Ainda se a contribuição fosse opcional....
  • Júlio César  09/08/2017 01:15
    Exatamente. Só por essa questão, a Previdência Social já contradiz totalmente o seu propósito. É razoável quando se defende a Previdência Social, até o ponto em que ela é uma forma de cobrir riscos sociais. Ou seja, ela vai ser injusta sim, todo mundo vai ser obrigado a pagar, mas existe essa expectativa de que as contribuições daqueles que podem mais vão compensar as daqueles que podem menos, então se faz uma redistribuição mais ou menos igualitária e no final das contas ela vai (ou deveria) cumprir o seu papel.

    Aí se toma ciência dessas coisas, e a única defesa admissível para alguma forma de seguridade social acaba sendo mesmo abolir definitivamente a Previdência Social e procurar outra forma solidária de oferecer seguridade a aqueles que a gente sabe que não vão conseguir por si mesmos ou que fatalmente venham a precisar. Não dá muito para ser menos radical que isto.
  • Intruso  28/12/2018 13:54
    Não há como mexer em direitos já adquiridos, isso iria virar numa batalha jurídica interminável. Temos que esperar esse pessoal e seus dependentes falecerem e aos poucos a situação irá entrar numa justeza maior.
  • Gustavo Arthuzo  08/08/2017 18:08
    Qual o melhor modo para garantir uma aposentadoria no setor privado?
  • Pobre Paulista  08/08/2017 19:20
    Poupar
  • Marcus Aurélio   08/08/2017 19:29
    Poupar e investir.

    Abra conta em corretoras (Easynvest, XP etc.) e faça seus aportes mensais, inclusive em Tesouro Direto. Abra conta também em bancos pequenos, como Intermedium e Sofisa.

    Você faz absolutamente tudo de graça e sem sair de casa. Só com um smartphone.

    Se você está mirando o longo prazo, sem necessidade de resgate antecipado, mais fácil ainda. Compre títulos atrelados à inflação e aqueles que pagam acima de 118% do CDI (tudo é garantido pelo FGC). Aplique em fundos de investimento cinco estrelas, que entregam alta rentabilidade no longo prazo e sem mágicas.
  • Paulo Henrique  08/08/2017 22:23
    Está evidente que essa reforma é injusta; porem, qual é a durabilidade dela caso seja aplicada? Vai ser tudo em vão e o deficit vai ressurgir?
  • Andre  09/08/2017 00:55
    Se a reforma passar na íntegra, durabilidade de 5 a 7 anos, picotada não dura nem 3 e precisará de outra reforma.
  • Aloisio Siscari  08/08/2017 22:49
    Parem de descontar INSS do salário e deixem que cada trabalhador faça sua previdência privada.
  • José Inacio  09/08/2017 01:15
    "Ainda é tempo de fazer a coisa certa. A reforma deveria estabelecer, além de cortes nos privilégios daqueles ligados ao estado, a unificação dos regimes dos setores privado e público com o estabelecimento de um teto único. "

    Esqueceu o autor que os funças contribuem com 11% de sua renda, nao existindo para eles o teto do RGPS que hoje deve estar nuns 5000 reais. Ou seja, um juiz cujo salário é de 25.000 reais, contribui mensalmente com R$2.750, enquanto um funcionário da empresa privada com mesmo salário contribuiria com 550 reais.

    O maior problema da previdência em ambos os regimes são os ralos, os benefícios concedidos àqueles que não cumprem com os requisitos legais, a "habilidade" de algumas carreiras que recebem aposentadorias maior que deveriam, a vitaliciedade das aposentadorias dos militares extensíveis a filhos e, atualmente, ao aumento da expectativa de vida e ao achatamento da pirâmide etária de nossa socieddade
  • Marcos Rocha  09/08/2017 01:56
    Errado. Funça não contribui com nada. Todo o salário dele advém do confisco da riqueza alheia. O governo tributa o trabalhador do setor privado, repassa esse esbulho para o funça, mas retém 11% para si próprio. Isso não é "contribuição".

    Se um funcionário público recebe $ 10.000 oriundos de impostos pagos compulsoriamente pelo setor privado, e, se destes $ 10.000, $ 2.500 são retidos na fonte pelo próprio governo, é incorreto dizer que o funcionário público pagou $2.500 de impostos.

    A analogia é a de uma quadrilha que repassa para seus integrantes o dinheiro que extorquiu dos comerciantes do bairro. Se a quadrilha extorque $ 10.000, retém $ 2.500 e repassa os $7.500 restantes para seus membros, não é correto dizer que seus membros pagaram $2.500 de impostos. Afinal, eles não geraram esses $ 2.500 vendendo serviços consumidos voluntariamente no mercado. Os $ 2.500 são apenas uma fatia da espoliação, a qual o agente espoliador achou por bem reter para si próprio.

    Ainda que o juiz "contribuísse" com 90% do seu salário, ele ainda não estaria contribuindo com nada próprio. Tudo foi confiscado e espoliado do setor privado, que é quem compulsoriamente banca a farra toda.
  • Jose Inacio  09/08/2017 09:26
    Ok,
    Se tudo para voce se resume a "farra"
    Entao se alguem algum dia te roubar esse seu dispositivo-eletronico-matralhadora-de-bobagens
    Nao recorra a uma delegacia de policia para relatar o fato
    e nem ao judiciario para requerer ressarcimento da seguradora diante de eventual negativa
    Nao vale chamar a PM se seu vizinho estiver fazendo barulho 2 horas da manha ou para te defender de um assalto residencial com sua cueca ja borrada de cagaço na mira do bandido
    Banque a carteira de vacinacao de seus filhos completa em consultorios particulares
    Caiu de moto? Fuja das UPS, la so tem quem vive de farra.


    Alienacao e sonhar os contos-de-fadas nao parece ser privilegio dos boyzinhos da esquerda caviar, mas tambem de bonvivants formados em faculdade publica, investidores de titulos da divida publica e filhos de papai empresarios a custas de bndes e penetracao no estado, ou ate mesmo de funças, que vivem bradando aos quatro ventos sua aversao ao seu hospedeiro.

    O Estado pode ser minimo, mas sempre havera o Estado
    Ou voce se conforma com isso e engole todo esse seu vomito ou pergunte a esquerdalha qual o trem que lhes leva ao mundo de poliana deles e pegue o do sentido contrário.


  • Getulio  09/08/2017 12:44
    "Entao se alguem algum dia te roubar [seu celular] nao recorra a uma delegacia de policia para relatar o fato"

    Você tá falando sério?! Tem otário que ainda vai a uma delegacia fazer BO pra roubo de celular? Tem que ser muito imbecil pra fazer isso. corre o risco de o cara ser extorquido e achacado na delegacia. Principalmente se for no Rio.

    "e nem ao judiciario para requerer ressarcimento da seguradora diante de eventual negativa"

    Judiciário?! O nosso é o mais moroso do mundo. E o mais caro também. E não resolve p... nenhuma.

    Anarcocapitalista defende judiciário privado e operando em regime de livre concorrência. Só otário defende monopólio estatal para qualquer coisa, principalmente para uma área tão crucial quanto o judiciário.

    "Nao vale chamar a PM se seu vizinho estiver fazendo barulho 2 horas da manha"

    Chamar PM às duas da manhã contra vizinho?! Só se eu estiver querendo ser extorquido por eles. Aliás, minto: isso seria impossível. Polícia não trabalha depois das 10 da noite. Todas as delegacias ficam vazias e apagadas.

    Aliás, aproveitando a deixa, faço-lhe uma pergunta exatamente sobre este assunto:

    Moro em uma região repleta de barzinhos. Diariamente, a partir das 18h, escuto, como se estivessem dentro da minha casa, boêmios e pinguços conversando animadamente em voz alta. Na maioria das vezes, eles berram mesmo.

    E isso perdura até por volta da meia-noite.

    Nas quartas-feiras, quando tem futebol, é ainda pior: é comum que a badalação vá até as 2 da manhã.

    Desnecessário dizer que os sábados à noite são os piores dias.

    Já nos domingos, embora a farra se encerre mais cedo (por volta das 22h), a boemia é a mais prolongada: já por volta do meio-dia esses foliões chegam e vão ficando até as 22 horas.

    Não é incomum essas pessoas ficarem no meio da rua soltando foguetes, principalmente em épocas de decisão de campeonato.

    A associação de moradores do bairro já reclamou com a prefeitura. A resposta: "esses estabelecimentos pagam impostos, empregam pessoas e agem perfeitamente dentro da normalidade".

    Com muito custo, conseguimos fazer com que nas segundas e terças-feiras eles fechassem um pouco mais cedo. E só.

    Primeira conclusão: em um ambiente de regulação estatal, vence justamente quem tem mais poder político. (Para a prefeitura, nós moradores só pagamos IPTU; já esses estabelecimentos, além de pagarem IPTU, pagam também ISS).

    Segunda conclusão: em um ambiente de regulação estatal, que é o atual arranjo, não há solução.

    Terceira conclusão: ruas e/ou bairros privados. Garanto que em condomínios fechados esse tipo de coisa não acontece.

    E então, qual a sua solução para o meu problema?

    "ou para te defender de um assalto residencial com sua cueca ja borrada de cagaço na mira do bandido"

    Isso só pode ser ironia. Foi exatamente a porra do estado -- e sua polícia -- que me desarmou e que me proibiu de ter uma arma para proteger a minha família de bandidos. Foi exatamente o aparato estatal que deixou os bandidos armados e que me proibiu de ter um mísero .38 para protegera a minha família, e você ainda vem dizer que eu devo me ajoelhar perante eles suplicando por proteção? Que eu devo ser grato a eles?

    Pior e mais cômico ainda: você está dizendo que, uma vez que o bandido já está dentro de minha casa, eu ainda posso telefonar para a polícia e aguardar 4 horas pela chegada deles?

    Cara, você é um pândego. É só mais um funça rico (que certamente mora num prédio ou numa casa repleta de cercas elétricas, pois não confia na eficiência da polícia) que não faz a mais mínima ideia de como funciona o mundo real para o populacho.

    "Banque a carteira de vacinacao de seus filhos completa em consultorios particulares"

    Opa, mas é exatamente o que eu faço. Não é à toa que ela (filha) está saudável. Você acha que eu seria desumano ao ponto de levar aquilo que tenho de mais precioso (minha filha) ao SUS e a postos de saúde morféticos?

    "Caiu de moto? Fuja das UPS, la so tem quem vive de farra."

    Não tenho moto. E talvez eu não tenha exatamente pelo medo de isso acontecer.

    E outra coisa: onde foi dito que atendentes de UPS "vivem de farra"? O que foi dito -- e você não respondeu -- é que o dinheiro advém do confisco da riqueza privada. O que foi dito é que o salário de funcionário público -- por advir do roubo -- é completamente desconectado da importância do seu serviço.

    Você que defende este arranjo é que deve explicar: por que um funcionário de uma Assembléia Legislativa ganha mais que médico de UPS?


    Pronto, agora que respondi a tudo o que você disse, que tal você ao menos tentar rebater logicamente tudo o que o Cearense disse acima?
  • Marcos Rocha  09/08/2017 12:48
    José Inácio, a grande crítica ao funcionalismo público é que vivem do esbulho alheio, majoritariamente da fatia mais pobre da população.

    O desdentado do interior do Piauí, ao comprar um pão ou um café, paga impostos municipais, estaduais e federais, os quais são prontamente redirecionados para o bolso de desembargadores, procuradores e juízes, que moram em mansão e recebem auxílio-moradia de R$ 5 mil. Vai também para o bolso de funcionários das assembleias legislativas, que recebem R$ 26 mil e mais auxílio transporte de R$ 500 enquanto andam de Range Rover.

    O desdentado que nem sequer tem acesso a hospitais públicos banca, por meio do dinheiro que lhe é confiscado, os planos de saúde dos nababos do executivo, legislativo e judiciário.

    Começou a entender?
  • André Antunes  10/08/2017 14:34
    Defender a redução do Estado é uma coisa. Concluir que o servidor é ontologicamente um ladrão é algo diferente.
  • Felippe  10/08/2017 15:45
    Concordo. Apenas os funcionários da Receita (federal, estadual e municipal) são ladrões. São estes que praticam o assalto diretamente, e que acionam a polícia caso a vítima da extorsão tenha se recusado a pagar.

    Já os outros funças são todos receptadores do roubo. São criminosos menores, de fato.
  • André Antunes  10/08/2017 17:53
    Seu raciocínio (e de todos que fazem a mesma afirmação) só faz sentido no anarcocapitalismo. No estado mínimo, os funcionários públicos não seriam ladrões nem receptadores. Ou ainda assim seriam?
  • Felippe  10/08/2017 19:45
    Ué, a ética e moral mudam de acordo com o arranjo? Princípios são coisas flexíveis? Aquilo que é considerado roubo num arranjo governamental deixa de ser de roubo sob outro arranjo governamental?

    Não sabia.

    Eu até conheço a ideia do relativismo moral, mas não sabia que ela era tão explícita assim.
  • Hélio Beltrão 2018  09/08/2017 11:27
    O pilar que sustenta o capitalismo é a ética.

    O governo não pode ser punido pelo Procon. Pagamos vários impostos, mas o governo não entrega um serviço com o mínimo de qualidade. Isso é um atentado contra o direito do consumidor.

    Os socialistas querem transformar o estado num deus, que não pode ser julgado ou punido.


    Em relação ao déficit, o primeiro passo para atrair milionários e bilionários para o Brasil, seria o fim do imposto de renda. O imposto de renda sacrifica os poupadores, investidores e empresários, sendo que arrecada muito pouco em relação aos impostos indiretos. Por exemplo, se o governo expropriar o bando Itau, em menos de um ano o dinheiro vai acabar.

    Essa igualdade acaba igualando por baixo. É como se eu e o Neymar ganhassemos o mesmo salário, porque nós dois jogamos duas horas de futebol por dia. Ao invés de eu ganhar o salário do Neymar, o Neymar é que vai acabar ganhando o meu salário.


    Depois do fim do imposto de renda, o governo deveria trabalhar com orçamento base zero. Esse endividamento traz sérios problemas ao mercado de crédito. Com o governo drenando 500 bilhões dos poupadores, o juro vai ser alto para os empreendedores e a economia vai ruir.









  • André Antunes  09/08/2017 18:29
    Os números citados não esclarecem algumas questões. O servidor público que ingressou antes de 2013 recebe acima do teto da previdência, mas paga também sem esse teto. Se ganha 10 mil (e vai se aposentar sobre esses 10 mil), paga 11% sobre esse valor. Na previdência geral, dá-se o mesmo. Se a previdência é deficitária de per se, o problema do maior déficit da previdência própria do setor público é uma questão de grau (valores pagos), não de método (já que a aposentadoria se dá, em ambos os regimes, sobre o que efetivamente recolhido).

    Mas há uma dúvida sobre o déficit que é apontado para a aposentadoria do setor público (164 milhões): aqui é levado em conta apenas o valor pago pela União menos os valores recolhidos pelos próprios servidores? É considerada a contrapartida do empregador? Na iniciativa privada, existe a contribuição patronal. O patrão, no setor público, é o Estado. Para que fizéssemos uma análise isonômica, seria necessário usar os mesmos critérios: só poderia se chamar déficit a diferença que sobrasse entre o que o regime paga menos a soma da contribuição do servidor (11%) com a contrapartida do empregador (20%).
  • Gustavo  09/08/2017 19:04
    Comentário completamente confuso e ininteligível. E também já abordado aqui mesmo nesta seção de comentários.

    Funcionário público, ao contrário do empregado da iniciativa privada, não paga previdência. Dado que 100% do salário do funcionário público advém de impostos -- confiscados da iniciativa privada --, e considerando que o governo retém 11%, não houve contribuição nenhuma do funça.

    O governo simplesmente roubou R$ 10.000 dos desdentados, reteve R$ 1.100, e entregou R$ 8.900 pro funça. Esses R$ 1.100 por acaso são uma "contribuição" do funça? Faz-me rir.

    (Por essa lógica, uma quadrilha que extorque $ 10.000 dos comerciantes de um bairro, retém $ 2.500 e repassa os $7.500 restantes para seus membros, poderia dizer que seus membros pagaram $2.500 de impostos.)

    Por isso, falar em que não há "contribuição patronal" para o funcionalismo público beira o escárnio. Funça vive 100% de contribuição patronal. 100% de seus proventos são confiscados do povo (trabalhadores e desdentados), que é o seu patrão (mesmo a contragosto).

    Realmente, somos o país da piada pronta: funça agora quer "contribuição patronal".
  • André Antunes  10/08/2017 14:26
    Não há nada confuso. Quando a previdência nasceu, o governo "convidou" a sociedade a um pacto. A previdência se sustenta num tripé: Estado, Patrões e Empregados. Todos foram chamados a contribuir, em nome da "solidariedade social", para a formação de um "colchão social". Você pode não concordar com o mérito disso, mas foi assim que aconteceu. O que o governo hoje chama de "déficit" nada mais é do que ele querendo cair fora dessa armadilha que ele mesmo criou. Isso é um fato. Quer acabar com a previdência? Ok! Mas é preciso dizer que esse déficit não é porque o sistema não se sustenta "hoje", mas porque nunca se sustentou: o governo sempre precisou dar sua parcela.
    Outro aspecto é que se há tríplice custeio, na hora do cálculo, para que a análise seja isonômica, se no regime geral de previdência o chamado "déficit" (parcela do Estado no pacto) se dá após a dedução das parcelas dos empregados e empregadores (patronal), também a do regime próprio dos servidores teria de considerar a parte "patronal" do Estado. No caso dos servidores, o Estado aparece duas vezes: como Estado e como Empregador. Isso não é difícil de entender. Não se trata de "os fuça" querem isso ou aquilo.
  • Augusto  10/08/2017 15:40
    "Você pode não concordar com o mérito disso, mas foi assim que aconteceu."

    Não é nem questão de eu concordar. Isso é o de menos.

    Para começar, nada disso ocorreu. A menos que você me apresente o tal pacto com a minha assinatura (ou com a de alguém que explicitamente tinha minha procuração), ele não ocorreu.

    E se alguém afirma que ele ocorreu -- e, pior ainda, diz que eu sou o responsável por bancar todo o passivo gerado por tal pacto --, então este alguém está cometendo crime de fraude, falsidade ideológica e estelionato.

    Ou você apresenta este documento ou você faz parte da quadrilha de falsários.

    "O que o governo hoje chama de "déficit" nada mais é do que ele querendo cair fora dessa armadilha que ele mesmo criou. Isso é um fato."

    Ué!

    Mas e o tal pacto firmado?! Quer dizer então que, se uma das partes resolver "cair fora da armadilha que ela mesmo criou", eu é que tenho de bancar tudo? Justamente eu, que nada tenho a ver com isso, que nada assinei e que nem sequer fui consultado?!

    Que gostoso isso. Vou fazer também. Vou sair assinando pactos com terceiros e, tão logo der merda, vou jogar a conta sobre você, que nada tinha a ver com isso.

    Não é necessário ser doutor em direito para ver que tal situação é completamente bizarra. E criminosa.

    "Quer acabar com a previdência? Ok! Mas é preciso dizer que esse déficit não é porque o sistema não se sustenta "hoje", mas porque nunca se sustentou: o governo sempre precisou dar sua parcela."

    Governo?! Meu filho, desde quando políticos e burocratas "dão sua parcela"? Não existe "parcela" de governo. O que existe é governo tributando e confiscando a renda de quem produz no setor privado (eu) e distribuindo esse roubo para funcionários públicos e políticos.

    Ou seja, eu, que nada tenho a ver com isso, é sou assaltado continuamente para garantir a sua "parcela" manter a sua boa vida. Eu sou a "parcela do governo". Eu sou assaltado para manter toda esta mamata funcionando. Eu, que nem sequer participei de nada.

    De novo, não é necessário ser doutor em direito para ver que tal situação é criminosa

    "também a do regime próprio dos servidores teria de considerar a parte "patronal" do Estado. No caso dos servidores, o Estado aparece duas vezes: como Estado e como Empregador. Isso não é difícil de entender. Não se trata de "os fuça" querem isso ou aquilo."

    Ah, pelo visto, para você é sim bastante difícil de entender. De novo: não existe "parcela do estado" e nem estado como um ente "empregador". Eu sou o seu empregador (contra a minha vontade) e eu pago a parcela patronal (contra a minha vontade).

    Em suma, eu sou o seu empregador e eu pago a sua parcela patronal mesmo que eu não queira ter você como empregado. Se isso não é escravidão (sou obrigado a pagar sem querer seus serviços, os quais, aliás, são uma porcaria), então precisamos inventar um novo termo.
  • André Antunes  10/08/2017 17:57
    Quando alguém fala em "Contrato Social" você pede firma reconhecida em cartório? O sistema com três pilares foi inaugurado pela Constituição de 34. Nenhum de nós estava aqui. Não digo que concordo com ele, mas é como aconteceu. Antes disso (desde a Constituição de 1824), a assistência pública era prestada apenas pelo Estado. Ele chama os agentes do setor privado, cria a armadilha, e agora quer sair. É simples.
  • Augusto  10/08/2017 20:01
    "Quando alguém fala em "Contrato Social" você pede firma reconhecida em cartório?"

    Se a pessoa diz que eu assinei e que tenho de arcar com todos os passivos, então é óbvio que vou exigir que ao menos mostrem onde foi que assinei (não se preocupe, não exigirei cartório).

    Só um completo otário aceitaria assumir os passivos de algo que ele não assinou e com o qual não concorda.

    Sério, beira o surreal que um princípio tão básico e elementar tenha de ser assim tão detalhadamente explicado. Você ao menos leu pelo menos um dos artigos indicados?

    "O sistema com três pilares foi inaugurado pela Constituição de 34."

    Caguei. Eu não estava lá para assinar. E nem enviei procuradores.

    Aliás, até onde se sabe, em 1934 vivíamos sob uma ditadura. Dizer que o que está escrito ali é o que "foi decidido pelo povo" está além do escárnio.

    "Nenhum de nós estava aqui."

    Exato, caralho!

    "Não digo que concordo com ele, mas é como aconteceu. Antes disso (desde a Constituição de 1824), a assistência pública era prestada apenas pelo Estado."

    PQP, de novo isso?! Eu tô falando grego?! Não existe isso de "prestado pelo estado". Quem banca tudo é o espoliado do setor privado (eu). E se eu não dou aval, então estou sendo roubado e violentado.

    Se é tão difícil assim entender esse básico (o que duvido), então começo a desconfiar de sua ética e moral.

    "Ele chama os agentes do setor privado, cria a armadilha, e agora quer sair. É simples".

    Opa, ele quer sair? Então, por favor, que o faça! Assim eu paro de ser assaltado para sustentar você. Já você não quer que ele saia porque quer que ele continue roubando de mim para sustentar você. Quem é o imoral e o antiético do arranjo?
  • ronaldo  09/08/2017 19:24
    Eu tenho uma dúvida, tem pessoas que dizem que não existe deficit na previdência e mostram um monte de números e tal, como responder a eles?
  • Magno  09/08/2017 20:03
    Quem inventou essa tese de que não existe déficit foi uma pesquisadora chamada Denise Gentil. Segundo ela, o déficit da previdência é forjado.

    www.adunicentro.org.br/noticias/ler/1676/em-tese-de-doutorado-pesquisadora-denuncia-a-farsa-da-crise-da-previdencia-social-no-brasil-forjada-pelo-governo-com-apoio-da-imprensa

    Só que essa mulher nem sabe separar rubricas. Ela mistura a receita da Previdência com a receita da Seguridade Social (que abrange Saúde, Assistência Social e Previdência) e então conclui que está tudo certo.

    Nesta outra entrevista dela, ela diz isso:

    "O cálculo do resultado previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos trabalhadores. O resultado dá em déficit."

    Certo. Esse é o cálculo da previdência. Receitas da Previdência menos gastos com a Previdência dão déficit, como ela própria admite. Ponto final.

    Mas aí ela complementa:

    "Essa, no entanto, é uma equação simplificadora da questão. Há outras fontes de receita da Previdência que não são computadas nesse cálculo, como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e a receita de concursos de prognósticos. Isso está expressamente garantido no artigo 195 da Constituição e acintosamente não é levado em consideração."

    Ou seja, o argumento dela é o de que as receitas para saúde e assistência social devem ser destinadas para a Previdência, pois aí haverá superávit.

    Ora, isso é um estratagema e tanto. Por esse recurso, absolutamente nenhuma rubrica do governo apresenta déficit, pois basta retirar o dinheiro de outras áreas para cobri-la. Sensacional.

    A quantidade de gênios que o Brasil produz é assustadora.

    Não deixa de ser curioso que nem o próprio governo -- em tese, o mais interessado no assunto -- encampou a tese dessa desmiolada.

    De resto, o que realmente importa não é a qualidade da gestão do INSS. Mesmo que a Previdência fosse gerida por anjos probos, sagazes e imaculados, ainda assim ela seria insustentável no longo prazo. Por quê? Por causa da demografia.

    O problema da previdência é totalmente demográfico. E contra a demografia e a matemática ninguém pode fazer nada. Quando a Previdência foi criada, havia 15 trabalhadores trabalhando e pagando INSS para sustentar um aposentado. Daqui a duas décadas será 1,5 trabalhador trabalhando e pagando INSS para sustentar um aposentado.

    Ou seja, a conta não fecha e não tem solução. O problema é demográfico e matemático. Não é econômico. E não há ideologia ou manobra econômica que corrija isso.

    Uma proposta para uma reforma definitiva da Previdência
  • ronaldo  10/08/2017 12:52
    Obrigado por esclarecer.
  • Andre Cavalcante  09/08/2017 23:59
    Gostei do artigo mais no sentido que ele saiu na Folha, que é um veículo de grande circulação e então o Hélio consegue lá alguma viabilidade para algumas ideias mais ou menos liberais.

    Mas se quiser um artigo realmente mais sério e mais libertário sobre a Previdência, sugiro o do Leando, primeiro ligado após este artigo do Hélio e replicado aqui por conveniência: www.mises.org.br/Article.aspx?id=2589.

  • Dam Herzog  10/08/2017 05:07
    Isto que gostaria de ler : simples claro e sucinto . Meus mais efusiveis parabéns, ao cavaleiro da liberdade Sr Helio Beltrão.
  • Questionador  10/08/2017 13:59
    Investir em tesouro direto é coerente com quem se considera libertário?

    Se uma máfia me promete um bond com um retorno. Se eu sei que para me pagar necessariamente ela irá fazê-lo via sequestro, assassinato, furto e ameaças a terceiros inocentes.
    E se eu sou absolument contra a iniciação de agressão de terceiros inocentes, tem algum sentido eu emprestar sequer 1 real para esta entidade? Independente da sua promessa de retorno?
  • Andre  10/08/2017 16:17
    Sim, é imoral, mas não esqueça que você está num dos lugares mais imorais e confusos da face da terra, onde prostituta se apaixona, cafetão sente ciúme, traficante se vicia, crente é socialista e libertários são funças e investidores do tesouro direto.
  • FL  10/08/2017 16:27
    Investir no Tesouro é meramente ser reembolsado pelo que tomam de você.
  • Free Thinker  10/08/2017 16:47
    Investir no tesouro direto não é reembolso o que tiram de você, significa aumentar a arrecadação de uma máfia que não conseguiu roubar o suficiente coma promessa (por parte desta mesma máfia) de devolver no futuro este dinheiro com juros porque NO FUTURO irá conseguir arrecadar (roubar) mais ainda.
    Totalmente imoral.
  • John Maynard Keynes  10/08/2017 19:42
    Adoro os comentários, é um soco atrás do outro. Como eu estou cercado de esquerdistas por todos os lados, família, amigos, colegas de trabalho, tenho que manter a discrição, se eu emulo o economês tucano, o espantalho chamado "neoliberalismo", já me acham muito "radical" de "direita", mas aqui eu me divirto.
  • Mais Mises...  13/08/2017 00:32
    Estamos juntos. Mas eu exponho dados e mais dados... de tanto ler artigos aqui no IMB, decorei e quando um canhoto vem com seus argumentos de típico universitário federal, dou a ele uma traulitada com dados. Até o momento, aguardo alguma criatura dessas me responder convincentemente. hehehehe
  • DIREITISTA  14/08/2017 16:00
    O FUNCIONALISMO PÚBLICO FALIU O BRASIL
  • Emerson Luis  19/08/2017 14:39

    "o bom senso exigiria que o governo iniciasse a reforma por cortes na própria gordura"

    Parece-me que o que falta aos políticos e burocratas não é exatamente 'bom senso'...

    * * *
  • Doidera  24/10/2017 09:16
    Será que alguém levou a sério isso?

    folha.uol.com.br/amp/mercado/2017/10/1929445-relatorio-final-da-cpi-da-previdencia-afirma-que-deficit-nao-existe.shtml
  • anônimo  24/10/2017 13:43
    Para o governo sempre estará tudo perfeito e em pleno desenvolvimento.
  • Atuarial  24/10/2017 14:10
    Quem inventou essa tese de que não existe déficit foi uma pesquisadora chamada Denise Gentil. Segundo ela, o déficit da previdência é forjado.

    www.adunicentro.org.br/noticias/ler/1676/em-tese-de-doutorado-pesquisadora-denuncia-a-farsa-da-crise-da-previdencia-social-no-brasil-forjada-pelo-governo-com-apoio-da-imprensa

    Só que essa mulher nem sabe separar rubricas. Ela mistura a receita da Previdência com a receita da Seguridade Social (que abrange Saúde, Assistência Social e Previdência) e então conclui que está tudo certo.

    Nesta outra entrevista dela, ela diz isso:

    "O cálculo do resultado previdenciário leva em consideração apenas a receita de contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que incide sobre a folha de pagamento, diminuindo dessa receita o valor dos benefícios pagos aos trabalhadores. O resultado dá em déficit."

    Certo. Esse é o cálculo da previdência. Receitas da Previdência menos gastos com a Previdência dão déficit, como ela própria admite. Ponto final.

    Mas aí ela complementa:

    "Essa, no entanto, é uma equação simplificadora da questão. Há outras fontes de receita da Previdência que não são computadas nesse cálculo, como a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) e a receita de concursos de prognósticos. Isso está expressamente garantido no artigo 195 da Constituição e acintosamente não é levado em consideração."

    Ou seja, o argumento dela é o de que as receitas para saúde e assistência social devem ser destinadas para a Previdência, pois aí haverá superávit.

    Ora, isso é um estratagema e tanto. Por esse recurso, absolutamente nenhuma rubrica do governo apresenta déficit, pois basta retirar o dinheiro de outras áreas para cobri-la. Sensacional.

    A quantidade de gênios que o Brasil produz é assustadora.

    Não deixa de ser curioso que nem o próprio governo petista quando estava no poder -- em tese, o mais interessado no assunto -- encampou a tese dessa desmiolada.

    De resto, o problema da previdência é totalmente demográfico. E contra a demografia e a matemática ninguém pode fazer nada.

    Quando a Previdência foi criada, havia 15 trabalhadores trabalhando e pagando INSS para sustentar um aposentado. Daqui a duas décadas será 1,5 trabalhador trabalhando e pagando INSS para sustentar um aposentado.

    Ou seja, a conta não fecha e não tem solução. O problema é demográfico e matemático. Não é econômico. E não há ideologia ou manobra econômica que corrija isso.
  • robson santos  24/10/2017 16:00
    Amigo, isso pelo visto nunca foi só um caso de uma "mulher que nem sabe separar rúbricas", essa "estratagema" foi planejada para ir longe demais no momento adequado:

    https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2017/05/08/cpi-economistas-negam-deficit-e-criticam-proposta-de-reforma-da-previdencia

    Vê-se que na verdade é uma estratégia para desmoralizar algumas figuras e todos os demais partidos ligados à favor de reformas, revigorando toda a Esquerda à véspera de eleições, vê-se que este assunto da previdência é o tema perfeito para o ressurgimento da Esquerda. Por mais se prove que sozinha a Previdência deve ser ressarcida de 1 trilhão de Reais e devido às questões demográfica e custo anual isso só conseguir ajudar talvez por mais de 1 ano, politicamente falando há necessidade de reformas urgentes, mas isso já terá sido um estrago enorme à credibilidade de certas figuras e partidos aliados.. Este país está perdido meu amigo, afinal o que importa mais à figura do brasileiro: ter que suportar a Esquerda destruindo o país ou ter que trabalhar mais anos para sustentar a previdência de todo mundo?? É exatamente isso que os figurões da política estão jogando para os brasileiros decidirem. E todos caem, ao contrário de pedirmos o fim progressivo da previdência e a cabeça de políticos um por um, forçando-os ao exílio, é mais reconfortante batermos panelas e aplaudirmos patos inflados..

    Não interessa que os defensores desta tese fizeram parte de toda essa tragédia por 13 anos, o que interessa é que eles criem a imagem popular de que são os únicos capazes à deter "uma reforma liberal" e que como tal "piora a situação social do país" ( nessa última parte estão certos nessa questão embora obviamente prefiram não explicar corretamente ). Isso sabemos passa longe de ser uma reforma liberal, mas isso é só o jogo político de sempre da esquerda, que são "revolucionários", não reformistas..

    Quem será contra à professores e economistas? Só o Instituto Mises ?

    Estamos perdidos..
  • Andre  24/10/2017 14:45
    Sim, muita gente no congresso a levou a sério e estes também:

    www.valor.com.br/politica/5167380/sem-reforma-da-previdencia-governo-cortara-o-abono-diz-meirelles

    g1.globo.com/mundo/blog/helio-gurovitz/

    O mercado até tolera, com adequada correção, que a reforma da previdência não seja votada até 2019 por motivo de fraqueza política do governo ou por proximidade das eleições.
    Mas não votar a reforma porque o congresso acha que não existe déficit o caos financeiro será instalado agora em 2018 mesmo.
  • Marty  21/11/2017 18:55
    BRASÍLIA - Com pressa de aprovar a reforma da Previdência, o governo vai reforçar a necessidade de acabar com os privilégios que os servidores públicos têm em relação aos trabalhadores do setor privado ao se aposentarem.

    Para convencer os parlamentares, mostrará que, em 15 anos (entre 2001 e 2016), o regime de aposentadoria dos servidores públicos federais consumiu R$ 500 bilhões a mais do que foi gasto com saúde.

    O valor também representa mais de 50% do que foi investido em educação no país. No período, o rombo do sistema previdenciário do funcionalismo atingiu R$ 1,325 trilhão, para atender a um milhão de beneficiários, enquanto coube à saúde pública R$ 800 bilhões para um universo de 200 milhões de brasileiros.

    Os dados foram compilados pelo professor de economia da PUC/Rio José Márcio Camargo, que fará palestra durante jantar a ser oferecido, amanhã, pelo presidente Michel Temer aos deputados da base.

    Segundo o economista, no setor privado (INSS), o déficit do regime previdenciário — que dá cobertura a 30 milhões de segurados — foi de R$ 500 bilhões, também em 15 anos.

    Para Camargo, os números revelam a desigualdade de regras entre os regimes. Ele destacou que o regime de aposentadoria do setor público está concentrado nos 10% mais ricos da população, enquanto o INSS é voltado para 50% mais pobres.

    — A Previdência é o principal programa de transferência de renda dos mais pobres para os mais ricos — afirmou Camargo ao GLOBO.

    No levantamento que será detalhado aos parlamentares, Camargo compara os gastos previdenciários aos do programa Bolsa Família, que custou ao governo R$ 250 bilhões em 15 anos e consegue atender aos 30% mais pobres do país.

    O Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos e que consumiu R$ 450 bilhões no período, também beneficia a população de baixa renda, pois é voltado para as famílias nas quais a renda per capita é de até um quarto do salário mínimo.
  • Jorge   21/11/2017 19:00
    Carai! O governo gastou meio trilhão a mais com as aposentadorias nababescas de funças do que com a saúde dos desdentados.

    Se isso passar será a maior revolução econômica da década.


Envie-nos seu comentário inteligente e educado:
Nome
Email
Comentário
Comentários serão exibidos após aprovação do moderador.